O senador Eduardo Girão (NOVO-CE) divulgou, na semana passada, que enviou um Requerimento de Informações (RIC) pedindo explicações sobre o edital de mais de R$ 100 milhões, que incluiu uma novela estatal, da TV Brasil.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.
O RIC tem como destinatário a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. “É essencial que sejam apuradas maiores informações sobre o uso do dinheiro do pagador de impostos na produção de uma novela estatal”, destaca Girão no requerimento.
A novela estatal da TV Brasil
A novela, que seria a primeira produzida pela agência estatal, faz parte de um edital de R$ 110 milhões que o governo Lula (PT) publicou em outubro.
Apenas a telenovela custaria R$ 15 milhões e teria entre 40 e 60 episódios de 52 minutos cada. Assim, cada capítulo custaria entre R$ 250 mil a R$ 375 mil, custo próximo ao das produções da Rede Globo.
Ainda não há uma data para a estreia do produto. Além disso, a TV Brasil busca uma coprodutora para trabalhar na obra.
Entre os conteúdos presentes no edital, estão: séries de ficção e animação voltadas para crianças e jovens, documentários de natureza e meio ambiente, produções sobre futebol feminino e um recorte para temática de raça e gênero.
Fiscalização de Girão
Entre os questionamentos feitos pelo senador no RIC, estão:
– Qual é a necessidade específica que essa novela busca atender?
– Qual é o fundamento legal que justifica a produção de uma novela pela TV pública?
– Como será garantido o uso responsável e transparente do dinheiro público na produção?
– Qual é a agência independente envolvida na produção? Como ela foi/será escolhida?
– Existe pesquisa ou estudo que comprove a demanda do público por novelas na TV Brasil?
– Que resultados concretos são esperados com a produção da novela e como será feita a avaliação?
Nas redes sociais, Girão afirmou que se empenhará para impedir a realização da novela com dinheiro público.
“Isso não vai ficar barato. Vamos barrar mais uma sandice desse governo irresponsável. Imagine o festival de lavagem cerebral woke que eles fariam com o dinheiro de quem paga impostos nesse país”, apontou.