2021, podemos falar que, com certeza, foi o ano dos apps de mensagem “alternativos’ ao WhatsApp. Seja pela mudança de política de privacidade, ou pelas quedas do sistema do Facebook, de fato, mais e mais pessoas procuraram o Telegram. O app recentemente liberou uma área de ads conversacionais, o que nos acendeu para procurar e “achar” o Ghost Interview de hoje: Pavel Durov, cofundador e CEO do Telegram.
A busca foi quase que de detetive, já que Pavel não dá entrevistas oficiais desde 2016. Boa parte de suas novas publicações são por meio do seu canal oficial do Telegram. De qualquer forma, a história do aplicativo parece vinda de um filme de espionagem. Até porque, teve um pouco de espionagem governamental nisso. Pavel foi, durante muito tempo, considerado o “Mark Zuckerberg russo”, pois tinha colocado no ar o VKontare, “o FB” da Rússia.
Pois bem, o governo do país começou a exigir que fossem tirados certos tipos de grupos e mensagens nesta rede, coisa que Pavel, se recusou. Por volta de 2013, as tensões com o governo russo chegaram a um ponto de perseguição mesmo, o que levou Pavel e seu irmão Nikolai saírem do país, levando parte da equipe do VKontare. Nessa época, já existia um protótipo do Telegram, que ambos levaram para os Estados Unidos nessa “escapada”. Em 2014, ambos saíram do VKontare e abriram o Telegram. De lá para cá, o app não passou esse tempo ileso de controversas. E Pavel encontrou um outro “inimigo número 1”: as Big Techs.
Telegram e a Liberdade de Expressão
“Forneceremos APIs gratuitas para desenvolvedores terceiros criarem ferramentas que permitirão aos usuários importar mensagens para o Telegram de qualquer lugar. Tenho esperança de que essas ferramentas ajudarão a adicionar suporte para mais aplicativos do que esta primeira onda de três – e também permitir que os usuários importem vários chats ou sua caixa de entrada inteira de uma vez.” O significado original do avião de papel no logo do Telegram significa liberdade. “Para nós, liberdade de escolha e portabilidade de dados são fundamentais. As pessoas devem ter controle total sobre seus próprios dados e suas próprias vidas.”