Com as restrições dos EUA, a NVIDIA precisou vender na China uma versão limitada do seu chip H20.
Agora, a Huawei está aproveitando o espaço para avançar. Seu novo processador Ascend 920 promete preencher essa lacuna.
A Huawei, que já vinha investindo pesado em semicondutores, está acelerando o desenvolvimento de alternativas locais para atender a demanda interna por inteligência artificial e processamento de alta performance.
O movimento mostra que as sanções podem até frear, mas não param o avanço tecnológico chinês. Pelo contrário: fortalecem a corrida para desenvolver uma cadeia de tecnologia independente.
Muitas inovações surgem da escassez de recursos. Isso significa que toda vez que os americanos impuserem restrições ao chineses, eles se forçarão a encontrar maneiras de resolver isso internamente.
Mais uma vez, a prova mais concreta disso é o DeepSeek AI. As restrições limitavam a capacidade dos algoritmos chineses de serem treinados. Até o momento em que fizeram uma IA muito mais leve e veloz.
A disputa por chips de IA é hoje uma das batalhas estratégicas mais importantes do mundo. E a China está mostrando que não pretende ficar para trás, usando as restrições como combustível para o desenvolvimento local.