Como diferenciar Dermatite Atópica de Hipersensibilidade Alimentar

As alergias alimentares ou hipersensibilidade alimentar (HA) fazem parte de um grupo de reações adversas ao alimento que ocorrem somente em alguns indivíduos suscetíveis, mediada ou não por IgE. Esta reação adversa se manifesta na forma de uma dermatite não sazonal (por contínua exposição ao alérgeno, independente do período do ano) e/ou sinais de enterite crônica.

Apesar de não haver produção de IgE em todos os casos, o envolvimento imunológico, de forma semelhante à dermatite atópica, é essencial, caso contrário poderia ser chamado de intolerância alimentar ou idiossincrasia alimentar (FEDIAF, 2024).

A patogenia da alergia alimentar ainda não é completamente conhecida mas, em linhas gerais, a teoria que possui maior respaldo científico envolve os mecanismos de degranulação mastocitária quando há interação entre dois IgEs que sensibilizam a membrana de um mastócito (cross-linked reaction) e dessa forma, ao degranular, libera componentes como histamina, leucotrienos, proteases e interleucinas, que aumentam a permeabilidade vascular (inflamação), causam lesão de pele e promovem a quimiotaxia de demais células imunes.

Algumas interleucinas ainda atuam aumentando a permeabilidade intestinal (e maior exposição de antígenos à mucosa) e a produção de muco pelas células caliciformes, como um mecanismo físico de resposta e defesa (Abbas et al., 2015; Verlinden et al., 2006), o que é passível de ser visto nas fezes quando o animal defeca.

Não se sabe ao certo quais são as razões para o desenvolvimento das alergias alimentares, mas a literatura
aponta sobre o envolvimento de fatores genéticos que levam à perda do mecanismo de tolerância oral, inerente à todos os seres-vivos, que de fato promove tolerância à antígenos externos (como alimentos) para que eles sejam assimilados e digeridos adequadamente pelo organismo (Abbas et al., 2015; Jackson, 2023; Verlinden et al., 2006).

Clique aqui e leia a reportagem “Como diferenciar Dermatite Atópica de Hipersensibilidade Alimentar”, na íntegra e sem custo, acessando a página 32 da edição de Abril de 2025 (nº 308) da Revista Cães e Gatos

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