A displasia coxofemoral (DCF) é uma das doenças ortopédicas mais diagnosticadas na rotina clínica de pequenos animais, sendo uma das principais causas de dor e limitação de mobilidade, especialmente em cães de médio e grande porte.
Trata-se de uma alteração no desenvolvimento da articulação do quadril, onde a cabeça do fêmur não se encaixa adequadamente no acetábulo (cavidade do quadril) e que pode acometer um ou ambos os lados (unilateral ou bilateral).
Essa incongruência articular leva à instabilidade, desgaste progressivo da cartilagem, inflamação e dor crônica, podendo resultar em osteoartrite e comprometimento da mobilidade.
A articulação coxofemoral dos cães, nos últimos anos, tem sido amplamente pesquisada e a displasia coxofemoral é uma das doenças ortopédicas que mais afetam a região e, em sua maioria, os cães de grande porte são os mais atingidos (ZHU et al., 2012).
Por se tratar de uma doença multifatorial e de difícil tratamento, criadores das mais diversas raças caninas têm apresentado maior preocupação sobre a DCF, assim como os tutores estão cada vez mais informados quanto aos problemas que essa displasia pode ocasionar.
Além da alta incidência, a displasia tem um impacto significativo na qualidade de vida dos cães. A dor crônica, a limitação de movimentos e a progressiva perda de função dos membros posteriores comprometem atividades básicas, como caminhar, correr, subir escadas e até se levantar.
Isso afeta diretamente o bem-estar físico e emocional do animal, podendo levar a quadros de apatia, ganho de peso por sedentarismo e até alterações comportamentais. Do ponto de vista do tutor, a doença exige acompanhamento contínuo, adaptações no ambiente, e, muitas vezes, investimentos prolongados em tratamentos.
Por isso, compreender, diagnosticar precocemente e manejar adequadamente a displasia coxofemoral é essencial tanto para o profissional veterinário quanto para os responsáveis pelos pets.
O papel dos nutracêuticos no manejo da DCF
Nesse contexto, os nutracêuticos oferecem uma alternativa segura e eficaz para o manejo a longo prazo. Por não apresentarem os mesmos efeitos colaterais dos AINEs, eles podem ser utilizados de forma contínua, proporcionando suporte à saúde articular, alívio da inflamação e melhora da mobilidade.
O uso regular permite, muitas vezes, reduzir a necessidade de anti-inflamatórios convencionais ou utilizá-los apenas em momentos de crise, como parte de um protocolo integrado de tratamento.
Portanto, deixaram de ser coadjuvantes e passaram a ocupar posição de destaque no manejo conservador da displasia. Os mais indicados e com maior respaldo científico são: glucosamina, condroitina, ácido hialurônico, cúrcuma, MSM (metilsulfonilmetano), colágeno tipo II não desnaturado, ômega-3 (EPA/DHA) e Boswellia serrata.
Clique aqui e leia a reportagem “Nutracêuticos no tratamento da Displasia Coxofemoral em Cães“, na íntegra e sem custo, acessando a página 32 da edição de Junho de 2025 (nº 310) da Revista Cães e Gatos