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Antes da polêmica da semana, vamos ao jogo… que jogo? Algumas entradas duras aqui e ali, todas devidamente marcadas pelo árbitro. Houve “mão na bola”, mas quem viu? Essa escapou… No momento mais tenso, com uma aproximação perigosa do Vitória no primeiro tempo, o goleiro João Pedro do Rio Branco garantiu a defesa. Acompanhando a cena entre os cliques do meu obturador, tive a impressão de que o Rio Branco por pouco não marcou um gol contra. Acho que o goleirão até precisou recuperar o fôlego, com a bola sobre o abdômen, por alguns segundos, após enorme susto.
A verdade é que houve muitas oportunidades de gols para os centenários Vitória-ES e Rio Branco-ES neste clássico, sábado (13), pela terceira rodada da segunda fase da Copa Espírito Santo 2024. O Vitória foi melhor no primeiro tempo e quase abriu o placar com Patrick por duas vezes. O Rio Branco cresceu e também criou duas oportunidades ótimas com Edinho. Podia ter sido um empate de 2 a 2, pelo menos.
O zero a zero não mudou nada para o Vitória na chave B, mas trouxe um peso para o Rio Branco, por seguir sem vencer na segunda fase, terceiro colocado na chave A.
Onde está a polêmica?
A partida foi realizada com torcida única por decisão da Federação de Futebol (FES), seguindo orientação da Secretaria de Segurança, mas a motivação veio do próprio Vitória, mandante do jogo. O Rio Branco tentou reverter, mas sem sucesso.
O futebol capixaba anda sem público. Venho acompanhando a baixa frequência dos torcedores nos estádios. Uma decisão de conveniência, ou aquela mais fácil, não vai melhorar nada! O Estádio Salvador Costa recebeu apenas 496 torcedores, mas precisou distribuir 150 cortesias para chegar a esse número. Com 292 torcedores pagando meia-entrada, a renda bruta foi baixíssima. O Salvador Costa é mais um estádio recebendo reformas de ampliação de arquibancada, para quê? Não há incentivo para ir aos estádios. Reforma de ampliação para ter um clássico de torcida única? Não faz sentido. Acredito que o investimento está no lugar errado!
A estratégia de torcida única não evitou episódios de agressão verbal. Ouvi xingamentos do público presente. Representantes da FES foram hostilizados pelos torcedores do Vitória. Precisamos aprender que a rivalidade se decide em campo, no “fair play”, com paz nas arquibancadas – o que não tem acontecido, nem com torcida única!
