O Brasil não tem terremotos, vulcões ou tsunamis. Talvez por isso o país tenha por muito tempo alimentado a ilusão de que a estabilidade geológica do território seria suficiente para garantir um futuro tranquilo — livre de tragédias provocadas por eventos naturais.
A catástrofe no Rio Grande do Sul provou da pior forma que tudo não passava de engano. Nos dias finais de abril de 2024, o estado sofreu com chuvas, enchentes e enxurradas que atingiram 478 dos 497 municípios gaúchos, afetaram 2,4 milhões de pessoas — mais de um quinto da população local — e deixaram mais de 4 mil desalojados, 173 mortos e 38 desaparecidos. Foi o maior desastre natural da história do país.
Se não temos tremores de terra, rios de lava ou ondas gigantescas, somos ano a ano castigados por fenômenos climáticos. São catástrofes geralmente associadas a condições extremas relacionadas à incidência da chuva: ou o excesso ou a escassez absoluta.
Quanto o país investe na prevenção? Quanto gasta para reconstruir comunidades inteiras destruídas por dilúvios ou estiagens de grande magnitude? Como preparar as cidades para evitar novas calamidades? Qual o papel do Congresso Nacional?
Ao tentar responder a algumas dessas perguntas, a Agência Senado publicou, entre maio e junho de 2024, reportagens sobre a emergência climática, que agora podem ser lidas por meio dos links abaixo.