Ministro propõe atuação conjunta de países sul-americanos para combate a incêndios na Amazônia

Publicado em

15/10/2024 18h57

Brasília (DF), 15/10/2024 – No segundo dia da XVI Conferência de Ministros de Defesa das Américas (CMDA), em Mendonça, na Argentina, o Ministro da Defesa José Mucio defendeu uma atuação conjunta entre países sul-americanos no combate a incêndios florestais na Amazônia. Em reuniões bilaterais, realizadas com Peru, Colômbia e Chile, ficou acordado que estas propostas serão aprofundadas a partir de 2025.

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Na reunião bilateral com o Chile, o ministro Mucio e a Ministra de Defesa chilena, Maya Fernandez Allende, trataram sobre possível intercâmbio para construção de submarino por parte do Chile, uma vez que o país já tem processos de construção incorporados à sua Base Industrial de Defesa. 

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Na reunião com o vice-ministro de estratégia e planejamento do Ministério da Defesa da Colômbia, Luis Edmundo Suárez Soto, o tema foi a necessidade de cooperação entre os países sul-americanos para combater crimes transfronteiriços e incêndios florestais. Os ministros acordaram um encontro de representantes dos dois países, em 2025, para estabelecimento de ações conjuntas.

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O Ministro da Defesa do Peru, Walter Astudillo Chávez, também demonstrou intenção de aumentar a parceria na busca de soluções para os problemas comuns aos dois países, como incêndios florestais e crimes transfronteiriços. E concordou com a proposta do ministro brasileiro de apresentar propostas em um fórum a ser realizado em 2025. 

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Com a Guiana, o primeiro ministro Mark Anthony Phillips manifestou interesse em estreitar ainda mais as relações na área de defesa. Hoje há significativa parceria no âmbito das Forças Armadas, como treinamento e intercâmbio de informações. A intenção é estender para a aquisição de equipamentos de defesa. Os dois ministros levantaram possibilidades de combater os crimes transfronteiriços e o garimpo ilegal de forma combinada em áreas de fronteira na Amazônia.

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O ministro Mucio se reuniu, ainda, com o vice-presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Gilles Carbonnier. O tema principal foi ajuda humanitária internacional. A Organização tem histórico de relacionamento com as Forças Armadas brasileiras, a exemplo da Operação Acolhida. “O Brasil é um país que consegue construir pontes, que dá exemplos e inspira outros países”, agradeceu Carbonnier ao ministro Mucio pela parceria.

Comissões de Trabalho – O segundo dia de evento também contou com Comissões de Trabalhos. Dentre os temas debatidos, está o “desenvolvimento responsável, a aplicação e a governança da inteligência artificial no domínio militar”. Em sua participação, o Brasil destacou a existência de um órgão consultivo de alto nível, sob a égide das Organizações da Nações Unidas (ONU), que apresentou recomendações para a governança global da Inteligência Artificial (IA). Segundo o delegado do Brasil na comissão de trabalho, Brigadeiro José Roberto de Queiroz, “essas recomendações devem ser analisadas antecipadamente, de modo a darem suporte aos debates que serão desencadeados no âmbito da CMDA”.

Os estados membros concordam que a IA deve apresentar dados confiáveis, permitindo o controle das ações desencadeadas, sobretudo, por meio da interferência humana, e atender aos princípios da ética, da segurança, com mecanismos de governança digital capazes de assegurar a proteção das ações militares e da sociedade.

Definido o país sede da CMDA para o próximo biênio
A CMDA, criada em 1995, é um dos mais relevantes fóruns da área de defesa e segurança do continente americano. A cada dois anos, o país sede é alternado entre as nações componentes, tendo sido o Peru anunciado como anfitrião da XVII CMDA, exercendo a presidência no ciclo 2025/2026 da Conferência.

Esta edição tem a participação de 22 titulares ou representantes da pasta de defesa ou segurança dos 35 países membros. E, como observadores, estão presentes dois países convidados, Portugal e França, além de 7 organizações internacionais especializadas em defesa.

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Por Ascom
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