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Quando a inovação tem propósito: o que a insulina e o cinto de segurança da Volvo ensinam sobre legado

Algumas invenções mudaram o mundo não apenas pela genialidade de quem as criou, mas pela generosidade de quem as entregou. É o caso da insulina e do cinto de segurança de três pontos da Volvo, duas criações que poderiam ter rendido fortunas, mas que foram compartilhadas com o mundo por um motivo maior: o propósito de salvar vidas.

Em 1922, quando Frederick Banting, Charles Best e James Collip isolaram a insulina pela primeira vez e conseguiram reverter o quadro de um jovem chamado Leonard Thompson, o mundo médico entendeu que estava diante de um milagre científico. O diabetes, que até então era uma sentença de morte, passou a ser tratável. A descoberta tinha valor incalculável. Mas, em vez de registrar uma patente e lucrar com ela, os cientistas venderam os direitos para a Universidade de Toronto por apenas um dólar. Banting explicou o gesto com uma frase que ecoa até hoje: “A insulina não pertence a mim. Ela pertence ao mundo.”

Quarenta anos depois, em 1959, um engenheiro sueco chamado Nils Bohlin, funcionário da Volvo, criou o cinto de segurança de três pontos, um sistema simples e revolucionário que se tornaria o padrão global de segurança automotiva. Ele reduzia drasticamente o número de mortes em acidentes e poderia ter transformado a Volvo na empresa mais lucrativa da história, caso ela tivesse decidido patentear e restringir o uso. Mas a companhia fez o oposto. Abriu a patente para qualquer montadora que quisesse usar o design. A frase oficial da época dizia: “É impossível manter algo que salva vidas só para nós.”

As duas histórias têm um elo invisível: ambas mostram que propósito é quando a inovação encontra a consciência. É o momento em que a tecnologia deixa de ser um produto e se torna uma herança. É quando o criador entende que seu trabalho pode gerar algo muito maior do que lucro, pode gerar legado.

Hoje, a insulina salva milhões de pessoas todos os anos. O cinto de segurança de três pontos, segundo a própria Volvo, já salvou mais de um milhão de vidas desde sua criação. E o mais bonito é que nenhum dos dois atos foi impulsionado por marketing, por estratégia ou por tendência. Foi puro senso de humanidade.

Em um tempo em que o sucesso é medido por valuation e não por contribuição, vale lembrar dessas histórias. A verdadeira inovação não é a que cobra caro pela solução, mas a que entrega valor à humanidade.

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