Ainda pouco discutida entre tutores, o protetor solar é extremamente importante, por isso deveria fazer parte da rotina de cuidados básicos com os animais.
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De acordo com o médico-veterinário dermatologista Leandro Haroutune Hassesian Galati, do grupo Pet Care e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV), essa ação deve ser tomada porque os bichos de estimação estão sujeitos a diversos problemas causados pela radiação ultravioleta — muitos semelhantes aos que acometem humanos.
“Os pets necessitam de proteção solar tanto quanto nós. Eles estão suscetíveis a cânceres de pele, queimaduras solares e até dermatoses autoimunes”, afirma o veterinário.
Assim como acontece com as pessoas, a radiação ultravioleta pode causar danos importantes à pele dos animais.
Entre as principais condições relacionadas à exposição excessiva estão:
- Carcinomas e melanomas;
- Queimaduras solares (dermatite actínica);
- Doenças autoimunes, como lúpus;
- Agravamento de dermatites existentes;
- Inflamação e dor na pele.
É importante frisar que cães com áreas pouco pigmentadas, perda de pelos ou lesões prévias estão ainda mais vulneráveis, mas todos os cachorros e gatos precisam de proteção, independente da cor da pelagem.

Como aplicar o protetor solar em cães e gatos
Segundo Galati, o produto deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição solar e reaplicado entre duas e quatro horas — especialmente em passeios, idas à praia ou permanência prolongada em áreas abertas.
As regiões mais sensíveis e que sempre precisam de proteção são: focinho, orelhas, barriga e áreas com falhas de pelo.
O veterinário ainda explica que os raios UVA continuam existindo mesmo na ausência de sol visível, portanto o uso contínuo é importante:
“A proteção deve ser feita independentemente de estar nublado. A luz indireta pela janela ou varanda também é nociva.”
Assim, pets que ficam em ambientes internos, mas próximos a portas envidraçadas ou áreas muito iluminadas, também precisam de fotoproteção.
Quando usar e qual protetor escolher?
É importante ressaltar que além da indicação do uso do produto para todos os animais de estimação, há casos em que o protetor solar deve ser obrigatório.
Isso deve acontecer com animais que já têm doenças dermatológicas, possuem alto risco de câncer ou apresentam perda de pelos.
Na hora de escolher a melhor opção saiba que muitos protetores humanos podem ser utilizados, desde que respeitem alguns critérios, como:
- Ter FPS mínimo de 30;
- Não possuir zinco, que é substância tóxica;
- Ser à prova d’água;
- Ter proteção contra UVA;
- Possuir efeito químico (absorção), e não físico;
- E ser preferencialmente indicado para uso dermatológico.
Apesar da eficácia dos protetores, o dermatologista destaca que o método mais importante ainda é evitar a exposição excessiva ao sol.
As recomendações incluem: restringir o acesso às áreas de maior incidência de luz, evitar exposição entre 10h e 16h, redobrar os cuidados na primavera e no verão, acompanhar diariamente os índices de radiação UV e garantir sombra e hidratação durante passeios.
Além disso, o veterinário alerta que o protetor solar não previne insolação, que está mais relacionada ao estresse térmico.
Por isso, é fundamental evitar situações de calor intenso e superfícies muito quentes.

FAQ sobre o uso de protetor solar em pets
Todos os cães e gatos precisam usar protetor solar?
Sim. Mesmo animais de pelagem escura.
Em quais áreas do corpo o protetor deve ser aplicado?
Principalmente no focinho, orelhas, barriga e áreas com perda de pelos.
A luz que entra pela janela também faz mal?
Sim. A radiação indireta possui riscos semelhantes à exposição direta, podendo causar queimaduras e doenças de pele.
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