A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, em conjunto com a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), prendeu dois homens, de 21 e 26 anos, acusados do homicídio de Lucas Maximiliano de Oliveira, de 22 anos, morto com um tiro na cabeça em 18 de agosto, na escadaria Ranulpho Gianordoli, no Centro de Vitória. As prisões ocorreram em 17 de outubro, no Morro da Piedade, em Vitória. Durante a diligência, também foi preso em flagrante um homem de 25 anos, integrante da mesma facção criminosa dos outros dois presos.
As informações foram divulgadas em coletiva nesta quarta-feira (18), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória, após os envolvidos serem denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
De acordo com o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Moreno Gontijo, a vítima, que estava em uma festa em um bar, nas proximidades do Morro da Piedade, foi morta de forma brutal após mencionar que conhecia integrantes de uma facção rival. “A vítima afirmou ser conhecida do traficante ‘Marujo’ e de membros do PCV. Essa fala foi ouvida por envolvidos no tráfico local, rivais do PCV, que atraíram a vítima para o morro sob o pretexto de consumir drogas”, explicou.
Chegando ao local, a vítima foi cercada por quatro indivíduos em uma escadaria e executada com um disparo de arma de fogo na cabeça. “O homicídio foi cometido de forma fria e com motivo fútil, como resultado direto da disputa territorial entre facções criminosas”, detalhou o delegado.
As investigações identificaram três autores principais, dois deles já presos, e um terceiro que permanece foragido. “Prendemos os acusados, de 31 e 26 anos, em suas residências no Morro da Piedade. Ambos têm ligação com o tráfico de drogas. Um terceiro indivíduo de 26 anos está foragido e contamos com o apoio da população para localizá-lo. Pedimos que qualquer informação seja repassada de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181”, ressaltou Moreno Gontijo.
O delegado destacou ainda que o crime chamou atenção pela violência e pela ausência de receio dos autores. “Os suspeitos cometeram o homicídio em uma área movimentada, com diversas testemunhas. Demonstraram total descaso com as consequências de seus atos, retornando para casa como se nada tivesse acontecido. No entanto, conseguimos obter imagens que registraram o crime, além de relatos de testemunhas que, mesmo sob coação, contribuíram para o avanço das investigações”, pontuou.
Gontijo também ressaltou que a vítima, natural do interior do Estado, já havia residido em Guarapari e no Rio de Janeiro, onde teve envolvimento com o tráfico de drogas. Contudo, as apurações indicam que, no momento do crime, não estava atuando no tráfico e participava da festa apenas em um contexto de lazer.
A Polícia Civil continua as diligências para localizar os demais envolvidos no crime. “A colaboração da sociedade é essencial para elucidar casos como este. A violência e a coação exercidas por traficantes não podem prevalecer. Pedimos que qualquer informação seja repassada de forma segura e anônima, contribuindo para que possamos responsabilizar todos os envolvidos”, frisou o delegado.
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