Com o avanço da IA generativa, diversas empresas estão se mobilizando para integrar a tecnologia em suas operações.
- Um estudo do Google Cloud em parceria com o National Research Group revela que 2 em cada 3 organizações da América Latina já colocaram os seus casos de uso de IA generativa em produção.
- O relatório é baseado numa pesquisa com 2.508 líderes seniores de empresas globais.
- A pesquisa aponta também que 74% das lideranças de empresas latino-americanas ouvidas perceberam a produtividade crescer em suas organizações a partir do uso da IA generativa.
- Outros 67% verificaram melhorias na experiência do usuário, 67% no crescimento do negócio e 57% na eficiência dos custos.
- Em termos de investimentos, o estudo revelou que a maioria (79%) das organizações latino-americanas já está investindo mais de 10% de seus custos operacionais totais em IA generativa.
“A IA generativa não é apenas uma inovação tecnológica, mas sim um diferencial estratégico. As primeiras organizações que adotaram a IA generativa já estão colhendo frutos, que vão desde o aumento de receita e melhores serviços ao cliente até maior produtividade e automação”, destaca Ricardo Fernandes, Head Google Cloud Brasil, durante coletiva de imprensa.
Mas como as empresas estão usando IA?
Ainda segundo o estudo, a utilização da IA varia desde atendimento ao cliente até o desenvolvimento de novos produtos. Veja abaixo:
- Atendimento ao Cliente (74%)
- Vendas e Marketing (65%)
- Produtividade Individual (61%)
- Comércio Digital e Experiências Aprimoradas (59%)
- Novos Produtos e Serviços (63%)
Segundo Fernanda Jolo, Head de Customer Engineer, Data Analytics & AI do Google Cloud para América Latina, as lideranças estão bastante otimistas em relação a tudo o que envolve a IA generativa, seja em conseguir catalisar uma maior produtividade, para geração de receitas, entre outros.
Ou seja, independente de como as empresas utilizem a IA, todas parecem buscar o mesmo objetivo: otimização de tempo e geração de receita.
O cenário no Brasil
“Aqui no Brasil, a percepção do mercado é que estamos ainda no início da jornada, com um otimismo talvez mais moderado em relação à IA generativa tanto nas fases de implementação, como nos resultados”, afirma Fernanda Jolo.
Apesar disso, grandes empresas brasileiras já estão utilizando a IA generativa em diferentes situações. Veja exemplos:
A Magalu, gigante varejista, colocou o atendimento ao cliente no centro de sua estratégia de IA, incluindo o uso da Vertex AI para impulsionar um agente de conversação interativo para a Lu, popular persona da marca.
A Dasa, maior empresa de diagnóstico médico do Brasil, está ajudando médicos a detectarem dados relevantes em resultados de exames mais rapidamente.
O Grupo Boticário, uma das maiores empresas de varejo de beleza e cosméticos do Brasil, usa modelos de segurança em tempo real para prevenir fraudes e detectar e responder a problemas.
Por que importa?
É essencial que lideranças, executivos e C-Levels estejam informados quanto ao avanço da IA generativa, bem como aprender suas possibilidades de aplicação.
Por se tratar de um tema de tecnologia, as pessoas podem ter a impressão de que IA é um assunto restrito ao chefe de inovação (CIO) ou à equipe de tech de uma empresa.
Mas, segundo Ricardo Fernandes, inteligência artificial é “papo de CEO”. Isso porque, se o CEO não souber quais são os benefícios da IA, não vai saber cobrar sua equipe sobre o tema. E, assim, o desenvolvimento da IA generativa da organização vai permanecer estagnado.