Por Monique Paludetti, médica-veterinária e mestranda em Clínica Médica com ênfase em Nutrição de Cães e Gatos pela FMVZ- USP
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Nas últimas décadas, a investigação sobre o microbioma intestinal de cães e gatos tem se intensificado, revelando sua importância na manutenção da homeostase fisiológica, imunológica e metabólica dos animais domésticos [1].
A microbiota intestinal é composta por uma complexa comunidade de microrganismos que habitam o trato gastrointestinal, incluindo bactérias, fungos, vírus e protozoários [2].
Já o termo microbioma foi posteriormente refinado para incluir não apenas os microrganismos vivos presentes em um ambiente, mas também seus genomas, produtos metabólicos e interações com o hospedeiro [1,3].
Em cães e gatos saudáveis, a microbiota intestinal é composta predominantemente por bactérias dos filos Firmicutes, Bacteroidetes e Fusobacteria [4].
Estudos metagenômicos mostram que essa composição bacteriana desempenha papéis essenciais na digestão de nutrientes, produção de vitaminas, fermentação de fibras e modulação da resposta imunológica, além de atuar como barreira contra patógenos entéricos [1–3,5].
Por outro lado, a disbiose intestinal é caracterizada por uma redução na diversidade bacteriana e aumento de microrganismos potencialmente patogênicos como Peptacetobacter hiranonis [6,7].
Tais disfunções nessa comunidade microbiana têm sido associadas a uma ampla variedade de condições patológicas, como enteropatias crônicas, diarreias agudas, obesidade e até distúrbios imunomediados [3,8–12].
O crescente entendimento sobre a interação entre microbiota e hospedeiro abriu espaço para o uso terapêutico de compostos moduladores da microbiota, conhecidos como “bióticos”.
Estes incluem os prebióticos, probióticos, simbióticos e pós-bióticos, categorias definidas e refinadas pela International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) [13–16].
Prebióticos são definidos como substratos não digeríveis que são seletivamente utilizados por microrganismos hospedeiros e que conferem benefícios à saúde [13].
No contexto veterinário, os prebióticos mais investigados incluem frutooligossacarídeos (FOS), galactooligossacarídeos (GOS), mananoligossacarídeos (MOS), inulina e beta-glucanos [17].
Confira o artigo completo “Bióticos na Medicina Veterinária: o que são e qual a importância para cães e gatos”, na íntegra e sem custo, acessando a página 35 da edição de novembro (nº 315) da Revista Cães e Gatos.
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